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Resumo: A Reconstrução Facial Forense (RFF) é uma área da Antropologia Forense que busca aproximar a aparência de um indivíduo desconhecido por meio de reconstrução dos tecidos moles sobre seu crânio, após seu estudo antropológico. A RFF divulgada nos meios de comunicação visa a um reconhecimento, que pode desencadear um processo de identificação humana. Conhecer as relações entre tecidos duros e moles é essencial para se aumentar a precisão das RFFs. Neste estudo, buscou-se reunir informações antropométricas sobre a boca e suas proporções. Foram constituídas duas amostras a partir de um acervo de tomografias computadorizadas. A amostra 1 (n=327) consistiu em homens (n=127) e mulheres (n=185) entre 11 e 81 anos, divididos em seis faixas etárias e buscou verificar as distâncias lineares delimitadas por pontos anatômicos em tecido mole: altura da zona vermelha da boca, largura da boca, proporção entre os mesmos e possibilidade de se estimar a largura da boca a partir da distância intercanina. A amostra 2 (n=108) consistiu em homens (n=40) e mulheres (n=68) entre 20 e 81 anos, divididos em três faixas etárias e buscou verificar as proporções entre altura da zonas vermelha da boca, largura da boca e distâncias lineares entre pontos craniométricos em tecidos duros. As medições foram feitas com o programa OsiriX e os resultados foram analisados através de através de estatística descritiva para todas as variáveis estudadas, por meio da comparação entre as médias, os desvios padrão e as diferenças entre as médias, com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e aceitando nível de significância de 5% (p<0,05). Para a amostra 1, a altura da zona vermelha correspondeu a aproximadamente 26% da largura da boca, em ambos os sexos, com tendência a diminuir ao longo do tempo. A largura da boca aumentou ao longo do tempo em homens e manteve-se estável em mulheres. À distância intercanina se atribuiu o valor médio de 75% da largura da boca, em homens, e 80% da largura da boca em mulheres
Morfologia labial de interesse para reconstrução facial fo ...
Dias, Paulo Eduardo Miamoto
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Resumo: A estimativa de idade pela contagem das linhas incrementais de cemento (LC) adicionadas à idade média de erupção do dente analisado é um método tido como preciso e confiável por alguns autores, enquanto outros o rejeitam afirmando não haver forte correlação entre idade real e estimada. O objetivo do estudo foi avaliar a técnica descrita e verificar se há influência de patologias bucais na estimativa de idade, analisando-se, além do número de LC, correlação entre espessura de cemento e idade real. Foram preparadas por desgaste 31 lâminas transversais, de aproximadamente 30 m, de 25 dentes recém extraídos. As lâminas foram observadas, fotografadas e medidas em microscopia óptica. As LC das imagens foram realçadas com uso do software Image J 1.43s e as contagens foram feitas por um observador e dois observadores-controle. Houve correlação moderada de 0.58 para toda a amostra, com erro médio de 9,7 anos. Para dentes com alterações periodontais, a correlação foi de 0.03 e erro médio de 22,6 anos. Para dentes sem alterações periodontais, a correlação foi de 0.74 e erro médio de 1,6 anos. A espessura de cemento teve correlação com idade real de 0.69 para toda amostra, 0.25 para dentes com problemas periodontais e 0.75 para dentes sem problemas periodontais. A técnica das LC associada à medição de espessura de cemento mostrou-se confiável para dentes sem patologias periodontais, porém em dentes com patologias periodontais ou histórico/quadro clínico desconhecido, recomenda-se a realização de exames macroscópicos conjuntos para comparação.
Estimativa de idade através das linhas incrementais de cem ...
Dias, Paulo Eduardo Miamoto