Proposta de novo Índice de Massa Corporal (IMC) corrigido por massa gorda através do uso da bioimpedância
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Autor: Mialich, Mirele Savegnago
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: A obesidade é definida como o excesso de tecido adiposo e tem sido demonstrada como deletéria para sistemas e órgãos. O IMC é um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico de obesidade devido sua facilidade de aplicação e baixo custo. Entretanto, este índice possui a grande limitação de não diferenciar tecido adiposo de massa magra. Este trabalho buscou propor um novo escore para classificação do estado nutricional, embasado no IMC tradicional, porém ajustado pela massa gorda através do uso da bioimpedância em indivíduos de ambos os sexos. O estudo foi realizado com 200 indivíduos, de ambos os sexos, com faixa etária entre 18 e 60 anos e que estavam em acompanhamento no Hospital das Clínicas da FMRP USP. Os indivíduos foram divididos em: Grupo 1 (n=100) utilizado para construção do IMC corrigido e Grupo 2 (n=100), para aplicação do IMC corrigido e comparação com o IMC tradicional. Todos foram submetidos à avaliação antropométrica e de composição corporal. A amostra do Grupo 1 apresentou médias de idade de 49,6 ± 15,0 anos e 46,2 ± 17,6 anos. peso 71,7 Kg ± 18,5 e 64,6 Kg ± 16,0. estatura 169,6 cm ± 8,4 157,2 cm ± 5,8. IMC 24,8 ± 5,5 Kg/m2 e 26,1 ± 6,2 Kg/m2. massa magra , 51,1 Kg ± 9,9 e 38,6 Kg ± 5,8. massa gorda 23,4 % ± 8,3 e 35,3 % ± 9,, para homens mulheres, respectivamente. A amostra do Grupo 2 apresentou médias semelhantes para estas variáveis. Após a análise fatorial dos dados obtidos no Grupo 1, obteve-se um novo escore, sendo este (3 Peso + 4 MG) /Estatura. Considerando os pontos de corte para gordura corporal propostos pela WHO como, 25% e 35%, e até mesmo 20% e 30%, para homens e mulheres, respectivamente, verifica-se que este novo escore possui uma capacidade mais acurada de captar indivíduos obesos (0,953) em detrimento ao IMC tradicional (0,888), por este último não considerar os valores de MGT em seu cálculo. Em seguida, este mesmo escore foi aplicado em uma nova população, o Grupo 2 e os resultados superiores ao uso do IMC tradicional