Ser clínico como educador: uma leitura fenomenológica existencial de algumas temáticas na prática de profissionais de saúde e educação
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Autor: Almeida, Fernando Milton de
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Neste trabalho, configura-se uma pesquisa para a apresentação de uma leitura fenomenológica existencial da prática profissional em saúde e educação. Parte-se de um questionamento que, dirigindo-se à compreensão da dimensão de ser clínico, atravessou tanto a vida quanto a profissão do pesquisador. Tal empreitada requer que se atenha em temáticas básicas pertinentes a essa prática. Tendo o horizonte delineado pela ontologia fundamental de Martin Heidegger, contida em sua obra Ser e Tempo, o desenvolvimento dos temas recorre a situações da própria prática, sobretudo, em referência ao Plantão Psicológico, uma modalidade de Aconselhamento Psicológico, por ser constituinte da experiência profissional do pesquisador em instituição de ensino em Psicologia. Na exploração desses temas, buscam-se subsídios à prática profissional especificada na antropologia filosófica proposta nessa obra. Para isso, recobram-se explicitações elucidativas dentro de cada capítulo e nos capítulos, que se constituem em ensaios. Inicialmente, apresenta-se a hermenêutica interpretativa, metodologia norteadora desse trabalho, pontuando seus pressupostos e questões peculiares cruciais. No ensaio seguinte, abordando-se a situação como manifestação da existência, discorre-se sobre questões relevantes, tais como poder-ser, facticidade, realidade, mundanidade, linguagem, interpretação. A seguir, explicitam-se as facetas da pluralidade e singularidade do eu, reportando-se à impropriedade, propriedade, solicitude, angústia, cuidado, sentido, finitude e consciência. Após, fala-se do eu como tempo e história, acontecendo em destinação. Num último ensaio, traz-se em cena a dimensão de ser clínico como educador, a qual se sustenta na determinação ontológica de ser-em do eu, expondo sua condição de ser afetado, compreender e falar. novamente, são retomados, entre outros, os assuntos da angústia, interpretação, sentido e linguagem. Espera-se que o principal resultado a ser realçado haja sido a consecuçã