PRODUCAO PRIMARIA E SUAS RELACOES COM ALGUNS FATORES FISICO-QUIMICOS EM RESERVATORIOS DO ESTADO DE SAO PAULO.
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Autor: Gianesella, Sonia Maria Flores
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Este trabalho é parte de um projeto mais amplo intitulado Tipologia de Reservatórios do Estado de São Paulo, financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) que compreendeu o estúdo de 52 reservatórios. Neste estudo, quatro amostragens foram realizadas em dez reservatórios, durante o ano de 1979. Sete destes ambientes pertencem à Bacia do Tietê: Americana, Atibainha, Cabuçú, Cachoeira, Pedro Beicht, Ribeirão do Campo e Taiaçupeba. e três à bacia do Rio Paraíba do Sul: Jaguari, Paraibuna e Santa Branca. Em cada reservatório, foi estabelecida uma estação de coleta, exceto em Paraibuna, onde foram estabelecidas três estações. A produção primária medida pelo método do 14C, foi determinada de forma a se obter um perfil vertical na zona eufótica, assim como as concentrações de clorofila-a . Os dados físico-químicos sobre penetração de luz, temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido, pH, alcainidade, formas de CO2, nutrientes e íons em solução foram obtidos ao longo da coluna de água, principalmente na região da zona eufótica. Os resultados obtidos permitiram a identificação de dois padrões de circulação: monomíctico quente e polimíctico. As medidas de produção primaria mostraram que, de modo geral, os reservatórios são pouco ou medianamente produtivos, (41,4 a 285,8 mgC.m-2 .dia-1 ) o que decorre do fato de estarem situados em terrenos pobres, na parte alta das bacias de drenagem. Isto se reflete nos baixos valores de condutividade, alcalinidade e na pobreza especialmente de fosfatos. Em alguns destes reservatórios, também a extensão da zona eufôtica, diminuindo a produtividade. O Reservatório de Americana foi uma exceção por tratar-se de um ambiente que vem sofrendo eutrofização cultural. Em conseqüência, sua produtividade média atingiu 768,2 mgC. m-2 dia-1 . Os valores de eficiência fotossintética observados foram baixos, (0,003 a 0,308%) semelhantes à grande maioria dos ambientes aquáticos. O nanoplâncton foi o principal