A sintaxe pronominal na variedade afro-indígena de Jurussaca: uma contribuição para o quadro da pronominalização do português falado do Brasil
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Autor: Campos, Ednalvo Apostolo
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Esta pesquisa aborda a sintaxe pronominal pessoal da comunidade quilombola de Jurussaca/PA, sob os pressupostos da teoria gerativa, nas versões de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1986) e Minimalista (Chomsky, 1995, 2001). Dentro desse quadro, destacam-se os estudos sobre a categoria pronominal desenvolvidos por Zwicky (1977), Kayne (1975, 1991), Borer (1981), Bonet (1991), Cardinaletti & Starke (1999), Ewerett (1994), Duarte & Matos (2000), Duarte, Matos & Gonçalves (2005), Galves (2001a,b), Galves & Abaurre (2002), Déchaine & Wiltchko (2002), entre outros. Parte-se, inicialmente, da expressão do português brasileiro a partir do viés dicotômico existente entre suas variedades: o PB e o PVB. Essa dicotomia tem sido denominda de polarização sociolinguística do Brasil (LUCCHESI, 2008, 2009). Assume-se (cf. Oliveira et alii, no prelo) o conceito de Português Afro-indígena, relativo às variedades de português popular faladas no Brasil em comunidades rurais que conservam especificidades etnolinguísticas. Propõe-se que essas variedades localizam-se dentro de um continuum de variedades de português brasileiro [+marcadas] (como o português afro-brasileiro e o indígena). Analisa-se, a partir da sócio-história, e das construções sintáticas da expressão da comunidade: pronomes clíticos e tônicos atemáticos. o pronome de 1ª. pessoa nós [ns] em posição pré verbal ou proclítica, entre outras, como parte de fatores sintáticos (e etnolinguísticos) que sugerem uma provável reestruração em certos aspectos da sintaxe pronominal de Jurussaca. apontam para a existência prévia de um forte contato linguístico e são tomados como suporte para as hipóteses assumidas