Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) em pomares de goiaba no norte de Minas Gerais: biodiversidade, parasitóides e controle biológico.
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Autor: Corsato, Clarice Diniz Alvarenga
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: A incidência de moscas-das-frutas é um fator de preocupação todos os anos nos perímetros irrigados do norte de Minas Gerais, principalmente em pomares de goiaba, acarretando aumentos nos custos e perdas na produção. Para se estabelecer um programa de controle de moscas-das-frutas, torna-se necessário o prévio conhecimento dos aspectos ecológicos dos tefritídeos e seus parasitóides. Portanto, o presente trabalho teve por objetivo conhecer a biodiversidade de moscas-das-frutas e de seus parasitóides em dois pomares comerciais de goiaba da região, os índices de infestação das moscas-das-frutas e a capacidade de Diachasmimorpha longicaudata parasitar moscas-das-frutas em goiaba no norte de Minas Gerais. Após três anos de coletas, em armadilhas tipo McPhail e em frutos, foram coletados 48.482 tefritídeos, sendo 45.012 exemplares de Anastrepha e 3.470 de Ceratitis capitata. Foram capturadas 18 espécies de Anastrepha, sendo que, A. turpiniae, A. manihoti, A. leptozona e A. barbiellinii estão sendo registradas pela primeira vez no norte de Minas Gerais. A. zenildae e A. fraterculus representaram mais de 90% de todas as moscas coletadas em armadilhas, sendo associadas às classes ?super? de dominância, freqüência, abundância e constância. Somente C. capitata, A. zenildae, A. fraterculus, A. sororcula, A. obliqua e A. turpiniae emergiram das amostras de frutos. Destas, A. zenildae (58,8%), A. fraterculus (13,5%) e C. capitata (20,7%) corresponderam a 93% do total de fêmeas coletadas, sendo as responsáveis pelos altos níveis de infestação do pomar de Jaíba. Em Nova Porteirinha, somente três espécies de Anastrepha foram relacionadas aos frutos: A. fraterculus (50,3%), A. zenildae (37,8%) e A. obliqua (3,2%), além de C. capitata (8,6% do total de fêmeas). Nos dois pomares, as maiores infestações ocorreram de março a julho/2003, influenciadas principalmente pela disponibilidade de frutos maduros. Ocorreu interação de A. zenildae e A. fraterculus na exploração da goiaba no