O universo fantástico de Rodari nas aulas de língua italiana: construindo leitores
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Autor: Alves, Stefania Ciambelli
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Este trabalho é resultado de uma pesquisa, desenvolvida durante cinco meses, direcionada para o ensino de língua estrangeira, neste caso, o italiano, e para as estratégias de leitura utilizadas pelo professor, ao adotar a narrativa fantástica, como recurso de aprendizagem. Como objetivo, buscou-se refletir sobre como o uso do texto literário, em específico a narrativa fantástica, pode facilitar a aprendizagem da língua estrangeira, e o desenvolvimento de um leitor competente, com a utilização de estratégias adequadas à leitura. A partir do desenvolvimento desta pesquisa, pôde-se realizar uma análise do percurso percorrido, no início, no meio e no final, por cinco alunos, com a idade de 10 anos, do 5° ano do ensino fundamental, de uma escola bilíngue, português-italiano, para compreender o sentido do texto e como eles manifestaram uma evolução em sua competência leitora por meio das estratégias utilizadas pelo professor, no decorrer da leitura das três estórias escolhidas, do escritor Gianni Rodari. Realizamos, ainda, a análise da produção escrita final dos alunos para investigar não só a progressão linguística como também a capacidade de reconhecer e usar estruturas de manifestação da língua, especificamente a utilizada na narrativa fantástica de Rodari. O corpus que adotamos, encontra-se no livro Favole al telefono (Fábulas por telefone), de Gianni Rodari, e consiste em três narrativas fantásticas, sendo que a primeira é Il palazzo di gelato (O palácio de sorvete), a quinta é La strada di cioccolato (A rua de chocolate) e a décima é a La caramella istruttiva (A bala instrutiva). A análise, pautada na concepção interacionista, da estudiosa Kleiman, e na narrativa fantástica de Rodari, objetivou detectar se a participação do leitor-aprendiz, como sujeito da leitura, centrando-se nas estratégias de leitura, de um lado, e no desenvolvimento de habilidades linguísticas, de outro, se efetivou. Para tanto, trabalhou-se com a ideia de que a leitura não é aceitação