Caracterização epidemiológica da brucelose e tuberculose bovinas na região de Campinas, Piracicaba, Bragança Paulista, Limeira, Mogi Mirim e São João da Boa Vista, Estado de São Paulo
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Autor: Aguiar, Ricardo Souza Costa Barão de
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose e tuberculose bovinas na região de Campinas, Piracicaba, Bragança Paulista, Limeira, Mogi Mirim e São João da Boa Vista. Foram aleatoriamente amostradas 251 propriedades com criação de bovinos, sendo que nestas, eram sorteadas 40 ou 20 fêmeas acima de 24 meses para diagnóstico de tuberculose e 15 ou 10 fêmeas acima de 24 meses para diagnóstico sorológico de brucelose, dependendo do total de fêmeas existentes. O rebanho foi considerado positivo para brucelose quando havia pelo menos um animal com diagnóstico positivo. Para tuberculose, em propriedades com mais de 99 fêmeas acima de 24 meses, era necessário pelo menos dois animais positivos para a propriedade ser classificada como positiva, enquanto que em propriedades com até 99 fêmeas acima de 24 meses, um animal positivo classificava a propriedade como positiva. Foi aplicado questionário epidemiológico e com base nesse documento, foram feitas as análises univariada e regressão logística para identificar os fatores de risco associados à condição de foco e calculado o valor de odds ratio para quantificar o risco. A prevalência aparente de focos de brucelose foi 11,2% (IC95% = 7,8.15,8) e de tuberculose foi 14,1% (IC95% = 10,2%. 19%). A prevalência aparente de animais positivos para brucelose foi 2,5% (IC95% = 1,5%. 4,1%) e para tuberculose foi 2,7% (IC95% = 1,6.4,5%). Como fatores de risco associados à brucelose ter mais de 57 bovinos no rebanho, apresentou valor de OR = 4,2 (IC95% = 1,9. 9,5). Para tuberculose, exploração leite apresentou valor de OR = 2,6 (IC95% = 1,3. 5,3), ajustado por aquisição de bovinos, OR = 2,4 (IC95% = 1,2. 5,0). Os esforços para redução da prevalência de brucelose não surtiram efeito mesmo após 10 anos de aplicação de medidas de controle preconizadas pelo PNCEBT, sugerindo-se a sua reformulação na área de estudo.