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Na ampulheta das marés, areias febris marcam as horas de um tempo que jà  não me pertenece. Meu corpo contri-se, por dentro da sombra que se dilui nos degraus de mármore de um penoso ritual. Com o lápis de sangue de um exílio de cinzas, desenho um sorriso fingido, em cada uma das estranhas faces da minha identidade falsa,deixando no bojo da calçada o rasto turvo da sonâmbula metamorfose dos sentidos.

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O outro eu
Runa
favoritar202619
Um dia, quando eu me sentei diante de mim mesmo
Percebi que as vítimas da noite me acompanhavam.
Eu não era solidário a elas...
... era solitário com elas.
Então parei, mandei repetir a música e comecei a pensar:
Quem eram as vítimas da noite?
Quem se escondia na escuridão das luzes abafadas...
Vítimas da noite
L P Baçan
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No árido deserto da ausência de Deus, a alma de quem teve durante anos uma ideia distorcida da divindade anseia, clama, critica e suplica pelo reencontro com a fonte da vida.
Experiências da Alma
Abilio Arruda
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"João de Figueiredo Maio e Lima, author da Ode epodica que sob a epigraphe—Testamento poetico-anachreontico—publicou em 1838 no Ramalhete, jornal dinstrucção e recreio, nasceu, no Alemtejo, na villa das Galvêas, em 10 de Fevereiro de 1779, sendo seus paes Bernardo de Figueiredo Maio e Lima e D. Joanna Michaéla de Bastos.

Destinado á vida ecclesiastica e já professo na ordem de Aviz, cursava em 1808 os estudos universitarios de Coimbra, quando as hostes napoleonicas irromperam em Portugal."
Testamento Poetico-Anachreontico
João de Figueiredo Maio e Lima
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Ernesto Silvino Dias Gomes de Castro Pires (Porto, 31 de julho de 1857 — Porto, 2 de dezembro de 1884) foi um poeta e escritor português.
Descendente de uma família nobre da casa de Fundo de Vila, província de Trás-os-Montes, estudou no colégio da Boa Vista, onde aprendeu francês e princípios de matemática. Ernesto Pires, como ficou conhecido, redigiu de 1879 a 1880 o Cancioneiro portuguez, juntamente com o Leite de Vasconcelos.

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Camões e o amor
Ernesto Pires
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Volume póstumo que reúne poesias ainda inéditas de Antero de Quental, coligidas e prefaciadas por Teófilo Braga, compostas entre 1859 e 1863, revelando a influência de Lamartine. A obra inclui a famosa "Carta autobiográfica dirigida ao Professor Wilhelm Storck", o tradutor alemão dos Sonetos Completos, datada de 14 de maio 1887, na qual Antero fornece "informações biográficas e bibliográficas" sobre a sua vida e a sua obra, apontando os modelos literários e ideológicos que contribuíram para a formação da sua idiossincrasia e analisando episódios pessoais que coincidem com momentos cruciais da vida cultural e literária portuguesa, como a Questão Coimbrã, "o ponto de partida da atual evolução da literatura portuguesa", uma fase de "fermentação intelectual, confusa, de...
Raios de extincta luz
Antero de Quental
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Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de abril de 1842 — Ponta Delgada, 11 de setembro de 1891) foi um escritor e poeta de Portugal que teve um papel importante no movimento da Geração de 70. Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, quer na análise de questões universais que afligem o homem
Os sonetos completos
Antero de Quental
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Coleção de Edições Originais. Porto: Na Offic. de António Alvarez Ribeiro Anno de 1796.
Poesias
Theotonío Joze Xavier da Cunha
favoritar202578
"Este livro documenta não apenas prosas e poesias de dois anônimos, mas reflete de certa maneira os altos e baixos emocionais que ocorrem num período de tempo de apenas três anos para duas pessoas que ousaram procurar num mundo injusto a sensação única da satisfação, seja por meio do amor, da amizade ou da filosofia. Apesar da evidente diferença na construção textual dos dois escritores, do início ao fim do livro se apresenta uma similaridade de Quintino e Leopold: a instabilidade, fundamental para a criação de variados e intrigantes temas. A importância deste livro não se resume a tais textos interessantes, mas também por expor de maneira crua a fragilidade de duas pessoas e logo de seres humanos e nós mesmos, os leitores."
Dias Vividos Poemas e Prosas Reunidos: Correspondências en ...
Desconhecido
favoritar202483
"Poesias no remanso de composições que adicionam ingredientes e gêneros musicais peculiares, bem como, encerram um coração dilacerado. São anjos trilhando um caminho em brasas.

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Cavacos do Ofício Sapiens
Daniel Brasil
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"O autor reproduzirá esta lira as vezes que se torne necessário, não para que seja pública, mas para que chegue às mãos daqueles que têm o sonho como ferramenta de futuro e a utopia como objectivo de vida e de auto-realização."

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Sintonias
Abdul Cadre
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"Os grandes acontecimentos medem-se nas manchetes dos jornais, que os poetas não escrevem.
Aliás, os poetas não escrevem!
Divididos que estão entre oficiantes da hora e vagabundos do sonho...
De qualquer forma, fazer versos é um grande pecado quando há tanta coisa que nos mandam fazer."

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Panfleto do Nojo
Abdul Cadre
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Abdul Cadre é o pseudónimo* que um escritor português, poeta e prosador, adotou em suas «deambulações nos cacimbos africanos».
 Seu poema Na Morte de Benjamim Moloise é um dos mais corajosos protestos contra a repressão geral contra o negro africano. Abdul Cadre dispõe da palavra certa para sacudir o mundo de seu marasmo político em que vivem os artistas. A força de seu sagrado ódio consegue despertar consciências dormidas, por tolerâncias tradicionais que já não podemos mais tolerar!

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Na Morte de Benjamim Moloise e Outras Elegias
Abdul Cadre
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Livro de bela poesia, inspirada no continente africano, do mesmo autor de "Panfleto do Nojo".

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Matope
Abdul Cadre
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Livro de bela poesia, do mesmo autor de "Panfleto do Nojo".

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Acima do Dó Central
Abdul Cadre
favoritar202466
Coleção de Edições Originais. Coimbra 1787.
Poesias
Francisco Gomes da Silveira Malhão
favoritar202652
Rainer Maria Rilke, por vezes também Rainer Maria von Rilke (Praga, 4 de dezembro de 1875 — Valmont, Suíça, 29 de dezembro de 1926) foi um poeta de língua alemã do século XX. Escreveu também poemas em francês.
Poemas
Rainer Maria Rilke
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Em TODOS OS POEMAS SÃO DE AMOR, o autor demonstra que as coisas mais simples da vida e a consciência da mortalidade são as maiores dádivas da vida. São os momentos simples, que não têm importância, que mais contam a nossa história e que mais têm significados no final da vida.
TODOS OS POEMAS SÃO DE AMOR
[email protected]
favoritar229320
Resolvi resgatar todas as poesias que produzi no período de minha juventude, entre 16 e 20 anos. Uma pequena parte delas foi publicada, em 1954, no meu primeiro livro Os Brinquedos, que mereceu elogios de intelectuais da época.\r\nEntão, indaguei-me: por que deixar no anonimato aquelas poesias da época que, por motivos financeiros, não puderam ser publicadas no meu primeiro livro?\r\nFoi uma fase de poesias românticas, sensuais, algumas de preocupações\r\nsociais, místicas e filosóficas, compatíveis com aquela fase de formação da minha personalidade. Orgulho-me delas, porque representam a minha iniciação na vida literária e me fazem recordar inesquecíveis momentos da minha juventude.
Poemas de minha juventude 1950 -1954
Valter da Rosa Borges
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a Ilíada, Homero conta como a cidade de Tróia foi sitiada pelos aqueus, que desejavam recuperar Helena, esposa do rei espartano, Menelau, e raptada por Páris. No poema, Homero fornece várias pistas sobre a posição da planície de Tróia e no século I, o escritor grego Estrabão ampliou a descrição desta planície, que na época se chamava Nova Ilium. Esta obra é considerada a Bíblia da antiga Grécia, uma obra-prima. Os combates travados diante de Tróia, provocados pela ira de Aquiles por Agamenon, e as relações familiares atingidas pela guerra compõem um cenário vivo em cores e real nos sentimentos. O autor é representado pelos artistas gregos como um velho cego, que anda de cidade em cidade recitando seus versos
Ilíada
H.
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O Corvo – Desaparecido precocemente aos 40 anos, Edgar Allan Poe já ultrapassou dois séculos de seu nascimento em posição privilegiada, responsável não somente por influenciar alguns dos escritores decisivos das décadas seguintes, bem como por estabelecer com propriedade caminhos novos e férteis para a literatura ocidental do então século XIX. Esta edição reúne o seu poema mais famoso, “O corvo”, em sua versão original, junto com as clássicas traduções de Machado de Assis e Fernando Pessoa, e uma análise de Poe feita por Charles Baudelaire, seu tradutor e um dos principais divulgadores de sua obra na Europa, acompanhadas das ilustrações de Édouard Manet.
O Corvo
Edgar A
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Antologia de poesía portuguesa seleccionada por Santiago Aguaded
Antología Poesía
Santiago A.
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O que não falamos sobre o amor, a amizade, o ódio, a traição e tantas coisas mais? Esse livro fala tudo que esquecemos, tudo que não queremos dizer. Uma experiência de subjetividade sobre os dilemas da vida, que não responde, não soluciona, apenas sugere vagamente uma direção, cabe ao leitor solucionar o conflito que e lançado em cada poema. Um livro para ser lido com um olhar de devaneio em um dia de desencontro, a quatro mãos.
Sobre Todas As Coisas Que Esquecemos De Falar
Michael A
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Lira dissonante analisa as características e funções do grotesco na poesia lírica de Bernardo Guimarães e Cruz e Sousa. O grotesco se manifesta na obra de ambos sob forma de imagens estranhas e inesperadas que sugerem um universo lírico extravagante e
Lira dissonante: considerações sobre aspectos do grotesco ...
Santos, Fabiano Rodrigo da Silva
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É a partir de uma perspectiva de -dupla revisão- que Vozes femininas da poesia latino-americana: Cecília e as poetisas uruguaias ressalta um outro perfil da escritora brasileira Cecília Meireles: a de grande estudiosa e conhecedora da produção de auto
Vozes femininas da poesia latino-americana: Cecília e as p ...
Silva, Jacicarla Souza da