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Resumo: Furcalita ocorre como preenchimento de fraturas no pegmatito granítico de Perus, noroeste do município de São Paulo, Brasil, constituindo agregados radiados de cristais eudrais de até 5 mm de comprimento. Os cristais apresentam cor amarelo-vivo, são transparentes e de brilho vítreo a adamantino. A cor do traço é amarelo-claro. A furcalita é quebradiça e apresenta fratura conchoidal. O mineral não é fluorescente. Dureza de Vickers = 86 - 95 (média 90,5) kg/mm², dureza de Mohs calculada 2,4. ´D IND. medida´4,22(4), ´D IND. calc.´ 4,220 g/cm³. Opticamente, o mineral é biaxial (-), com ´alfa´ 1,677(2), ´beta´ 1,732(2), ´gama´ 1,766(2), 2´Vx IND. medido´75°, 2´Vx IND. calc.´ 74°. A fórmula pleocróica é X = amarelo claro, Y = amarelo, Z = amarelo ouro, X = b, Y = a, Z = c, absorção X < Y < Z, dispersão r > v média, elongação positiva. O mineral é ortorrômbico, grupo espacial Pbca, a 17,415(2), b 16,035(3), c 13,598(3) A, V 3.797(2) A³, Z= 8. As sete reflexões mais intensas do padrão de difração de raios X [d em A (I)(hkl)] são 8,863(3) (111 e 200), 8,014(100)(020), 7,648(3)(210), 4,008(15) (040), 3,844(4) (041), 3,128(3)(024) e 3,100(3) (502). A fórmula analítica, derivada de análises por microssonda eletrônica, é ´(´Ca IND. 1,97´´K IND. 0,05´) IND. ´SIGMA´2,02´´(U´O IND. 2´) IND. 2,87´´O IND. 1,93´´[´(P´O IND. 4´) IND. 1,90´´(Si´O IND. 4´) IND. 0,04´] IND. ´SIGMA´1,94´ . 7,57´H IND. 2´O. A curva de DTA apresenta um pico endotérmico em 150°C, correspondente a perda de ´H IND. 2´O, confirmada por TGA, e fusão a 900°C. O espectro IR apresenta bandas de ´H IND. 2´O, P´O IND. 4´ e U´O IND. 2´. Furcalita é insolúvel em água e solúvel em HCI, HN´O IND. 3´ e ´H IND. 2´S´O IND. 4´, todos em concentração 1:1, a frio. A compatibilidade Gladstone-Dale é superior. Furcalita forma-se, provavelmente, a T ´< ou =´ 150°C. A estrutura cristalina da furcalita foi resolvida por métodos de difração de raios X de cristal único e refinada até R = 3,8% usando 2.065 reflexões observadas
Furcalita e outros minerais uraniferos secundarios de Peru ...
Atencio, Daniel
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Resumo: Antes do estabelecimento da Comissão de Novos Minerais e Nomes de Minerais (CNMNM) da Associação Mineralógica Internacional (IMA), em 1959, foram gerados mais de 80 nomes novos de minerais a partir de amostras brasileiras. Atualmente, apenas 21 destes são aceitos como nomes válidos para amostras-tipo do Brasil: arrojadita, arsenopaladinita, barbosalita, brazilianita, crisoberilo, derbylita, euclásio, faheyíta, florencita-(Ce), frondelita, gorceixita, goyazita, joseíta, lipscombita, moraesita, paládio, scorzalita, senaíta, souzalita, tavorita e tripuhyíta. Depois do estabelecimento da CNMNM-IMA, as descrições de tantalaeschynita-(Y), atheneíta, isomertieíta, bahianita, paladseíta, whiteíta-(CaFeMg), whiteíta-(MnFeMg),lantanita-(Nd), minasgeraisita-(Y), parabariomicrolita, arupita, zanazziíta, yanomamita e quintinita-2H foram publicadas após aprovação pela CNMNM-IMA e permanecem válidas. O mineral staringita também foi publicado após aprovação pela CNMNM-IMA, mas foi desacreditado oficialmente. O nome pseudo-rutilo foi introduzido sem aprovação da CNMNM-IMA para um mineral de várias ocorrências, inclusive o Brasil, mas nenhum dos espécimes investigados foi designado como espécime-tipo. Este nome foi rejeitado, mas subseqüentemente foi oficialmente revalidado e um espécime neotipo do sul da Austrália foi proposto. O nome zirkelita, introduzido para um mineral brasileiro, foi redefinido. Com base nesta redefinição, o mineral brasileiro é zirkelita se cúbico ou zirconolita se metamítico. Os minerais chavesita e ferrazita foram desacreditados com aprovação da CNMNM-IMA. O nome iridosmina foi descartado oficialmente em favor de ósmio e o espécime-tipo de ósmio é de Bornéu. Os minerais do grupo do pirocloro, rijkeboerita e djalmaíta tiveram seus nomes mudados oficialmente para bariomicrolita e uranomicrolita, respectivamente e os espécimes-tipo permanecem do Brasil. Os nomes tantalaeschynita-(Ce), ferrohalotriquita, trauirita, coutinita, coutinhita, neodimita e heit
Memória da mineralogia brasileira
Atencio, Daniel
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Resumo: Este trabalho compreende o estudo de sulfatos secundários, tipos litológicos associados e soluções intempéricas da Formação Itaquaquecetuba (Bacia de São Paulo), além de experiências de intemperismo simulado e síntese de minerais do grupo da copiapita. Em rochas da Formação Itaquaquecetuba, ocorrem como cimento os sulfetos de ferro pirita e marcassita. A exposição destes minerais a ambiente oxidante acarreta a formação de soluções ácidas que instabilizam feldspatos, micas e outros materiais associados. A partir das soluções, precipitam sulfatos de ferro, alumínio, cálcio, magnésio, potássio e sódio. A paragênese de alteração é semelhante à verificada em fontes termais (alteração argilosa avançada). Estudos mineralógicos e químicos permitiram identificar os sulfatos melanterita, rozenita, coquimbita, metavoltina, alunogênio, epsomita e gipsita, além de minerais dos grupos da halotriquita, da copiapita e da alunita. Várias transformações mineralógicas ocorreram após coleta, formando-se, inclusive, materiais não registrados nos afloramentos de Itaquaquecetuba, como roemerita, paracoquimbita e um sulfato amorfo de ferro. Sulfatos de origem singenética ou diagenética, como barita e gipsita, também foram registrados. A coloração dos sulfatos inclui tonalidades de verde, amarelo, branco, laranja, rosa e castanho, que mudam de intensidade devido, principalmente, a variações nos teores de água estrutural ou de umidade e a associação com fases amorfas. O hábito dos minerais e agregados reflete cristalização rápida, observando-se crostas, agregados sacaróides ou fibrosos e estalactites. A sequência de formação aproximada para os sulfatos de Itaquaquecetuba obedece a seguinte ordem: sulfatos normais hidratados de ferro (II). sulfatos normais e hidroxi-sulfatos de ferro (II), ferro (III) e outros cátions. hidroxi-sulfatos hidratados de ferro (III) e outros cátions. Após esta etapa, duas linhagens divergentes foram verificadas, uma delas com a formação de sulfatos no
Sulfatos secundários: relação com rochas preexistentes e s ...
Atencio, Daniel