Geologia e modelagem geotectônica dos terrenos Pré-Cambrianos das regiões sul-oriental brasileira e uruguais |b possíveis correlações com províncias similares do sudoeste africano
Classifique:
Autor: Basei, Miguel Angelo Stipp
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Teses e Dissertações
Resumo: O Cinturão Dom Feliciano representa uma faixa com cerca de 1200 km de extensão e largura média de 150 Km, orientada aproximadamente NS, que ocupa toda a porção oriental sul-brasileira e uruguaia. Desde seu limite norte em Santa Catarina até sua terminação no Uruguai, o Cinturão Dom Feliciano apresenta uma organização interna constituída por três segmentos crustais caracterizados, de sudeste para noroeste, por um Granitoid belt (rochas granitóides calcio-alcalinas a alcalinas deformadas em diferentes graus). Schist belt (rochas vulcanosedimentares metamorfisadas no facies xisto verde a anfibolito) e. Foreland belt (rochas sedimentares e vulcânicas anquimetamórficas) este último, situado entre o schist belt e os terrenos antigos localizados a oeste. Apesar de descontínuos, em parte resultante de seu recobrimento por coberturas sedimentares mais jovens, a continuidade desses três segmentos pode ser sugerida pelas similaridades dos litotipos que os contituem, por suas características estruturais, bem como, pela assinatura geofísica gravimétrica. Neste artigo o Cinturão Dom Feliciano é interpretado como produto de sucessivas subducções e colisões relacionadas a aglutinação de diferentes terrenos gerados ou intensamente retrabalhados no período compreendido entre o Neoproterozóico e o Cambriano, durante as orogêneses Brasiliana e Rio Doce, cujo intervalo máximo de tempo estaria compreendido entre 900 (abertura do oceano Adamastor) e 530 Ma (deformação das bacias de foreland) relacionados aos eventos tectono-magmáticos associados a formação do Gondwana Ocidental. Além do Cinturão Dom Feliciano de idade neoproterozóica e seu ante-país, (Craton Rio de La Plata e Microplaca Luis Alves), constituído por rochas gnáissico-migmatíticas paleoproterozóicas, podem ser reconhecidos na região sul-oriental brasileira e uruguaia, duas outras unidades tectônicas: Bloco São Gabriel (RS), onde pode ser caracterizada a existência, em escala regional, de material neoprotero