Cardiodesfibrilador implantável na prevenção de morte súbita na cardiomiopatia hipertrófica
Classifique:
Autor: Fernández, Edmundo Arteaga
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Teses e Dissertações
Resumo: Com o objetivo de avaliar o efeito do cardiodesfibrilador implantável na sobrevida e as complicações por ele determinadas em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica estudamos, de forma prospectiva, 61 (8%) pacientes de uma coorte de 727 com diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica que receberam cardiodesfibrilador implantável para prevenção primária e secundária, matriculados no ambulatório da Unidade Clínica de Miocardiopatias do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 2000 e 2010. A idade variou de 12 a 68 anos, com média de 37±15. 26 (43%) pacientes eram do sexo masculino e 35 (57%) do feminino. Os pacientes foram submetidos à eletrocardiografia, eletrocardiografia dinâmica de 24 horas, ecocardiografia bidimensional com Doppler colorido. seguimento a cada 6 meses e sempre que houve choques retornava à consulta para interrogação do aparelho. Cardiodesfibrilador implantável foi indicado como prevenção secundária em 15 (25%) pacientes que tiveram parada cardíaca por taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação ventricular documentada e prevenção primária em 46 (75%) que tinham um ou mais dos seguintes fatores de risco: história de morte súbita em um ou mais parentes de 1º grau com menos de 50 anos, síncope inexplicada, taquicardia ventricular não sustentada e hipertrofia miocárdica com espessamento do septo interventricular >30 mm. A análise estatística foi realizada por meio de cálculo de tendência central, dispersão e posição. teste de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher para avaliar associações entre medidas qualitativas e teste de Mann-Withney para comparação entre medidas quantitativas. Óbitos, choques apropriados e inapropriado foram avaliados ao longo do tempo pela curva de sobrevida de Kaplan-Meier e comparadas pelo log-rank. Valores de p <0,05 foram considerados significantes. O tempo médio de seguimento foi de 5±3 anos (1 mês a 10 anos). Choques apropriados ocorreram