Contaminação microbiana em medicamentos fitoterápicos sob a forma sólida
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Autor: Fischer, Dominique Corinne Hermine
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Mestrado
Resumo: Foram analisados 84 lotes de especialidades fitoterápicas de uso oral, na forma de cápsula, comprimido e pó, contendo 17 drogas vegetais, produzidas por 20 fabricantes e comercializadas em farmácias, drogarias, lojas de produtos naturais e supermercados da cidade de são Paulo. O confronto da apresentação comercial das mesmas em relação à legislação nacional, indicou que a minoria (15/84) atendeu a tais exigências, além de ter demonstrado total falta de padronização de qualidade pelos produtores, inclusive com ausência de definição e conceituação, enquadrando-as indistintamente como medicamentos alopáticos, homeopáticos, produtos dietéticos ou alimentos. Efetuou-se a quantificação de bactérias aeróbias mesófilas (forma vegetativa e esporulada) e de fungos (bolores e leveduras), através da técnica de tubos múltiplos, bem como a pesquisa de Escherichia coli e Salmonella sp. pela metodologia oficial internacional. A contaminação fúngica, predominantemente de bolores, foi inferior em relação à bacteriana aeróbia mesófila, pois o máximo detectado para aquela foi de 4,6 X 105, enquanto que para esta 5,1 X 109/g. A incidência fúngica com carga maior ou igual a 102/g foi de 34,5%, contra 53,6% da carga bacteriana vegetativa com 104/g ou mais e 45,2% da bacteriana esporulada, com o mesmo nível. A determinação do Número Mais Provável de Escherichia coli indicou incidência de 6,0% com a carga maior igual a 1,5 X 102/g. Houve estreita relação entre a carga bacteriana vegetativa total e o número de esporos, assim como a presença de patogênicos específicos em produtos altamente contaminados. Amostras sob a forma de pó foram as mais afetadas, seguidas de cápsulas e comprimidos. Pelo confronto dos dados encontrados, com os diversos padrões microbianos aplicados para medicamentos não estéreis de uso oral, para insumos e produtos fitoterápicos, o índice de aprovação variou de 29,8 a 94,0%. Mesmo frente ao padrão da FIP, a