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Resumo: Trata do espaço público como referência material na institucionalização das relações de poder. Aborda as alterações da paisagem urbana central da cidade de Jaboticabal a partir da instalação do regime Republicano (1889-1930), que gradativamente alterou o foco da ação política do meio rural para o ambiente da cidade. O seqüente incremento do modo de vida urbano suscitou transformações na organização das estruturas de poder com conseqüências diretas na concepção de cidade, enquanto artefato e enquanto locus de transmissão de mensagens. Essa situação gerou transformações e, paradoxalmente, permitiu permanências. No âmbito local, isso significou diversas disputas pelos espaços centrais da cidade, no que tange sua propriedade, administração, usos e significados. As implicações diretas remetem-se à organização das construções na região central, com destaque à praça e ao edifício da igreja, assim como os processos de remodelação relacionados a estes espaços. A câmara é, nesse sentido, agente de difusão dos projetos nacionais e a praça central, elemento espacial escolhido como recorte da pesquisa, o veículo portador das mensagens necessárias à fundamentação dessa nova ordem centrada na propagação do ideário de construção da nação brasileira. A discussão, no entanto, atravessa outra faceta do campo da administração da cidade, quando se soma aos valores simbólicos mencionados, as demandas concretas por infra-estrutura, situação inerente a um sistema urbano em expansão. Paralelamente, a adesão ao modo de produção capitalista insere a região na dinâmica mundial de produção, consumo e divisão do trabalho. A manutenção da base agrária, centrada no cultivo do café, fornece os instrumentos para a atuação de uma autoridade local constituída por defensores da República fatalmente ligados à cafeicultura. Finalmente, a imprensa local, que se transforma no veículo portador dos diversos discursos, engendrando a materialização destes na urbes. Para tanto, propõe uma análise basead
As tramas e o poder: Jaboticabal 1895-1936 praça, igreja e ...
Garcia, Valéria Eugênia
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Resumo: Trata da formação e desenvolvimento de Ribeirão Preto sob a perspectiva da organização fundiária pós-Lei de Terras e sua conexão com o desenvolvimento do mercado de terras urbanas. A pesquisa realizada em documentos primários do Arquivo do Fórum de Ribeirão Preto tem sua base em litígios que circunscrevem a propriedade de datas urbanas: nunciação de obra nova, força nova e outros embargos. No contexto inicial, a Fábrica da Matriz foi o eixo comum entre estruturação fundiária e processo de urbanização. Naquele momento os fabriqueiros tiveram participação relevante nas estratégias jurídicas de legalização das posses territoriais, contudo, foram excluídos do gerenciamento da concessão de datas no patrimônio religioso, conduzidas pela Câmara Municipal. Confusão de instâncias e competências amplamente discutidas em juízo que em meio à falta de clareza sobre procedimentos de aforamento, ausência de regras, concessões dúbias ou em duplicidade, no limite expressaram a má fé de fabriqueiros, foreiros e vereadores, atestando claramente uma única coisa, tais terrenos possuíam valor de mercado, caso contrário sua posse, propriedade, forma de concessão e titulação não estariam em litígio. O amadurecimento paulatino do mercado de terras urbanas segue paralelo à ampliação do aparelho judiciário e aos desdobramentos jurídicos das formas de titulação de domínio. A expansão imobiliária que acompanha a sentença judicial de 1856, que ratificou a doação de uma gleba ao santo padroeiro, excede no final do século XIX sua delimitação física e passa a integrar um conjunto de ações coordenadas que atravessam as cadeias de circulação de capital ligado à economia agroexportadora, entre esses a concessão de privilégios para exploração de serviços de melhorias e infraestrutura urbana. Trata-se de uma faceta de grande dinâmica de organização capitalista da economia que demandou o apoio em investigações complementares. O estudo dessas pesquisas associado aos dados que os litígios judiciais
Do Santo? Ou de quem... Ribeirão Preto: gênese da cidade m ...
Garcia, Valéria Eugênia