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Resumo: Este estudo analisa a influência do porte empresarial no retorno das ações do mercado brasileiro, lidando com a sobreposição aparentemente existente entre porte da empresa e liquidez das ações e buscando elucidar qual variável é dominante na determinação de retornos acionários. Para tanto, utiliza-se uma análise de dados em painel como ferramenta econométrica para a obtenção de resultados significativos. Os modelos tradicionais de precificação de ativos, notadamente o CAPM, partem de algumas premissas que possuem pouca aderência à realidade dos mercados acionários. Há evidências de que, no Brasil, o CAPM tem sido ineficaz em explicar os retornos do mercado acionário. Por essa razão, algumas variáveis são comumente adicionadas ao modelo original, sendo que o porte empresarial se encontra no topo da lista. Contudo, a legitimidade do porte empresarial reduzido como fator de risco a ser remunerado ao acionista não é consensual em mercados mais maduros como o americano tampouco no mercado brasileiro. O estudo leva em conta um intervalo de tempo de 16 anos (de 1995 até 2011) e analisa a influência dessas variáveis no retorno das ações com diferentes defasagens de tempo entre as variáveis (de 1 a 5 anos). O trabalho conclui que há uma significativa influência do porte empresarial nos retornos das ações. A relação estatística é negativa, isto é, empresas de menor porte tendem a ter custo de capital próprio mais alto. Esse resultado está alinhado com a pesquisa internacional sobre o assunto. O modelo quantitativo sugere que a cada variação de uma unidade logarítmica no porte há uma variação de 4,03% no retorno esperado da ação. Em relação à liquidez não foi encontrada, de forma consistente, relação estatística de que essa variável afeta o retorno das ações quando controlada pelo porte empresarial no mercado brasileiro.
A influência do porte empresarial no retorno das ações neg ...
Garran, Felipe Turbuk
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Resumo: Este trabalho descreve as práticas usuais dos avaliadores de ativos do mercado brasileiro ao estimar o valor do custo de capital próprio na composição da taxa de desconto dos fluxos de caixa a ser empregada no método do Fluxo de Caixa Descontado. O estudo consiste de duas etapas principais. Na primeira foi feito um delineamento descritivo, explicitando-se quais são os métodos utilizados na estimação do custo de capital próprio, e como são obtidos os parâmetros que alimentam esses métodos. Na segunda fase do trabalho, foram realizados testes de hipótese de relações entre variáveis pertinentes no processo de estimação da taxa de desconto do capital próprio, buscando entender as relações de causa e efeito dos fenômenos presentes no processo. Para que os objetivos desejados fossem alcançados nas fases citadas, foi realizado um levantamento de dados primários, no qual se obteve uma amostra de 93 avaliações realizadas entre 2002 e 2006, tendo sido a sua maioria, aproximadamente 70%, realizadas em 2006. Em seguida foi feito um tratamento estatístico dos dados levantados, utilizando-se o aplicativo SPSS versão 13.0, com o propósito de agrupar e quantificar os resultados obtidos e de estabelecer relações pertinentes entre as variáveis envolvidas no processo de estimação do custo do capital próprio. Ao final, os resultados atingidos mostram a predominância de duas metodologias distintas: o CAPM e o Método de Prêmios de Risco. Para cada um dos métodos observou-se um padrão predominante de determinação dos parâmetros que viabilizam a metodologia. Além disso, foi verificada a existência de um forte viés de posição do avaliador ao selecionar quais fatores de risco incluir na metodologia. Uma análise derradeira da formação da taxa de desconto mostrou a sua forte relação com o porte do ativo avaliado, o que ratifica o conceito já preconizado em diversas publicações sobre o assunto, de que o prêmio por porte do ativo avaliado é um fator a ser levado em consideração.
Metodologias em uso no Brasil para a determinação do custo ...
Garran, Felipe Turbuk