favoritar156021
Resumo: Este trabalho contém uma caracterização sedimentológica dos depósitos marinhos, com ênfase aos sedimentos arenosos, aflorantes ao longo da planície costeira de Peruíbe - Itanhaém, envolvendo basicamente distribuição granulométrica, mineralogia e morfometria. A planície costeira de Peruíbe-Itanhaém constitui-se numa faixa de cerca de 25 km de extensão contínua de sedimentos quaternários regressivos situada no litoral sudoeste do Estado de São Paulo, apresentando largura variável desde 4 até 14 km e altitudes entre 0 e 14 m. Tem como fronteiras naturais a Serra do Peruíbe (subsidiária da Serra do Itatins), a SW, o Morro do Poço de Anchieta e os morros Botoruçu, Araraú, e Novo Mundo, a NE, e a Serra das Laranjeiras (subsidiária da Serra do Mar), na parte interior. Entre o flanco norte da Serra do Peruíbe e a porção meridional da Serra das Laranjeiras, define-se, parcialmente controlado por lineamentos associados à Falha de Itariri, o sistema flúvio-paleolagunar dos rios Preto e Branco de Peruíbe, enquanto na extremidade oposta da planície (NE), ocorre outro sistema semelhante, compreendendo os rios homônimos de Itanhaém. Estes dois sistemas flúvio-paleolagunares constituem as únicas zonas de sedimentação areno-lamosa aflorantes na planície, apresentando-se nas demais áreas extenso lençol de sedimentos tipicamente arenosos (% fração areia > 94%). A continuidade deste lençol arenoso é interrompida apenas por pequenos afloramentos do embasamento cristalino na região de Bairro dos Prados e Abarebebê, cujo caráter paleolagunar pleistocênico é sugerido pela presença, em furos de sondagem, de níveis métricos de material pelítico escuro. Mais a NE, o cristalino volta a aflorar na Pedra dos Jesuítas, hoje ainda ilhada pelas águas, notando-se localmente ligeiro encurvamento no alinhamento de paleocordões holocênicos. A porção arenosa da cobertura sedimentar da Planície de Peruíbe-Itanhaém pode ser subdividida em três faixas paralelas à linha de costa: a faixa dos holocên
Sedimentação Quaternária na Planície Costeira de Peruíbe-I ...
Giannini, Paulo Cesar Fonseca
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Resumo: Os sistemas deposicionais eólicos ativos da costa brasileira incluem campos de dunas livres e depósitos vegetados. Os campos de dunas livres encontram-se em quatro áreas principais: 1. no trecho que vai dos Lençóis Maranhenses ao extremo sul do Rio Grande do Norte. 2. nas vizinhanças da desembocadura do rio São Francisco, SE/AL. 3. na regiäo de Cabo Frio, RJ. e 4. entre a ilha de Santa Catarina, SC, e o extremo sul do Rio Grande do Sul. Os depósitos vegetados, principalmente dunas frontais, nebkhas e lobos de ruptura de deflação (blowouts), predominam nas demais áreas costeiras do país. Os elementos morfológicos identificados nestes sistemas eólicos podem ser divididos, quanto à sua funçäo, em quatro grupos. O primeiro grupo, ou de estoque inicial, é o único de ocorrência universal. Nele podem estar presentes dunas frontais, franjas de areia, protodunas e dunas sem vegetação de orientação transversal ao vento. O segundo grupo, ou de deflação, possui a função de separar duas acumulaçöes principais (estoque inicial e estoque fìnal) segundo uma distância de equilibrio. lnclui rupturas de deflação, rastros lineares residuais, retrocordões e dunas parabólicas. O terceiro grupo, de superposição ou cavalgamenlo, inclui dunas barcanas e, mais tipicamente, cadeias barcanóides. Seu papel é o de elevar a acumulação até uma altura de equilíbrio, através da superposição sobre megaforma de hierarquia maior, representada pelo campo de dunas livre, e, ao mesmo tempo, através do cavalgamento das formas de leito de mesma hierarquia. O quarto grupo, dos elementos de avanço, compreende cordões de precipitação e lobos deposicionais e possui a função de estender o campo de dunas, lateral e longitudinalmente, até sua disiância de equilíbrio. Sob condição de desbalanço construtivo (influxo maior que efluxo) em dado grupo funcional de elementos, o excesso de areia tende a ser consumido na formação e alimentação de outros grupos mais interiores. Os grupos funcionais constituem domÍni
Sistemas deposicionais eólicos no Quaternário costeiro do ...
Giannini, Paulo Cesar Fonseca
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Resumo: Uma tentativa de análise conceitual da linguagem usada em teoria de sistemas, aplicada à sedimentação costeira quaternária, permitiu o reconhecimento e a descrição, em superfície, de quatro tipos de sistemas deposicionais na área do grande complexo lagunar centro-sul catarinense (lagoas Garopaba do Sul, Camacho, Santa Marta, Santo António, lmaruí e Mirim). Sistema deposicional é definido como conjunto de fácies formadas por processos em operação conexa  e organizada, possuindo assim padrão típico de arranjo espacial de fácies. Dos sistemas reconhecidos, dois estendem-se do Pleistoceno ao Holoceno: os sistemas eólico e planície costeira. Os outros dois sistemas, lagunar e barra-barreira, são considerados holocênicos. Cada sistema deposicional é submetido a uma descrição externa e interna. A descrição externa trata das trocas de sedimentos e energia entre sistemas. estas trocas ocorrem sob dois modos diferentes, alternados no tempo: a retroalimentação (manutenção do estado estacionário de equilíbrio) e os eventos de evolução espontânea (busca de novo estado estacionário). Exemplos de alternância entre mecanismos de troca são os ciclos de fechamento e abertura da desembocadura lagunar do Camacho (canal de transferência entre os sistemas lagunar e barra-barreira) ou as fases de ativação e cessamento de dunas eólicas primárias (relação de troca entre a fácies praial dos sistemas barra-barreira ou planície costeira e o sistema eólico). A descrição interna parte da concepção de hierarquias espaço-temporais de fácies, para cada sistema deposicional, e baseia-se na caracterização fisiográfica e sedimentológica (estruturas sedimentares, granulometria e minerais pesados) do sistema em diferentes níveis desta hierarquia. Destaca-se a subdivisão do sistema lagunar em duas associações de fácies, a baixio-laguna, gerada pelo afogamento transgressivo parcial de outros sistemas preexistentes, e a baía-laguna, formada por Deposição de uma barreira durante a transgressão inici
Sistemas deposicionais no quaternário costeiro entre Jagua ...
Giannini, Paulo Cesar Fonseca