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Resumo: Costões rochosos da região de São Sebastião são ecossistemas muito vulneráveis a derrames de petróleo, devido à proximidade do Terminal Petrolífero Almirante Barroso (TEBAR) da PETROBRÁS. Foram documentados 144 vazamentos nos últimos 14 anos, na região. No terminal circulam 30.000.000 toneladas de petróleo por ano, cerca de 55 % da circulação nacional. Pouco se sabe sobre a estrutura da comunidade existente nos costões do canal de São Sebastião, especialmente quanto aos efeitos do petróleo na biota. Os procedimentos de limpeza empregados nestes costões têm sido definidos, principalmente, com base em aspectos estéticos e não ecológicos, o que termina por gerar impactos adicionais muitas vezes mais sérios que os do próprio petróleo. O presente estudo visou avaliar os efeitos do petróleo, aplicado experimentalmente, e acompanhar a recuperação da comunidade após o jateamento com água a alta pressão, avaliando-se a eficiência deste método de limpeza, do ponto de vista ecológico. Pretendeu-se, com isso, definir critérios  ecologicamente coerentes para a limpeza de costões rochosos na região. O local do experimento situa-se na praia de Barequeçaba, São Sebastião, S. P., onde uma faixa de costão rochoso previamente estudada recebeu experimentalmente 50 litros de petróleo durante sete dias consecutivos. Dos sete transectos permanentes de estudo, três permaneceram com óleo, dois foram jateados com água à pressão de 2500 libras por polegada quadrada (PSI), além dos dois transectos controle. As amostragens pós impacto duraram dois anos e meio. Concluiu-se que as aplicações de petróleo não causaram impacto perceptível na comunidade estudada, sendo que as maiores alterações observadas foram atribuídas às variações naturais, exceto para Siphonaria hispida, Acmaea subrugosa e Crassostrea rhizophorae, espécies que apresentaram alterações  que podem estar relacionadas ao contato com o petróleo. A confirmação destas conclusões necessita de estudos específicos mais aprofundados
Efeitos do petróleo e da limpeza por jateamento em costão ...
Milanelli, Joao Carlos Carvalho
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Resumo: O Canal de São Sebastião, localizado na costa norte de São Paulo, na região dos  municípios de Ilhabela e São Sebastião, é uma das mais importantes zonas costeiras do Estado de São Paulo, em termos de biodiversidade. O Terminal Marítimo Almirante Barroso ? Dutos e Terminais do Centro-Sul (TEBAR/ DTCS) da PETROBRAS está localizado nesta região, na qual ocorreram 151 vazamentos de óleo ligados ao transporte marítimo entre 1978 e 2002. O monitoramento dos costões rochosos do Canal de São Sebastião foi criado pela CETESB para levantar dados de base sobre as comunidades de costões entremarés visando subsidiar futuras avaliações dos impactos de vazamentos de óleo na região. Foram monitorados 17 costões durante quatro anos, entre 1993 e 1996. Constatou-se a presença de 287 táxons (macrofauna e macroalgas), com marcante variação na composição de espécies entre os costões. A estrutura taxonômica de grandes grupos e trófica, no entanto, mantiveram-se relativamente homogêneas entre os pontos. Apesar de haver algumas diferenças locais, o padrão geral de zonação foi similar entre os costões, variando principalmente a largura dos estratos e a composição das espécies acompanhantes. As variações quantitativas das espécies dominantes foram intensas entre os pontos e reduzidas sazonalmente. Os parâmetros ambientais identificados como mais significativos no controle da estrutura da comunidade foram hidrodinamismo, declive, e quantidade de refúgios na rocha. Foram constatadas preferências diferenciadas pelas espécies dominantes por combinações ambientais específicas.
Biomonitoramento de costões rochosos instrumento para aval ...
Milanelli, Joao Carlos Carvalho