Detecção de infarto do miocárdio através de ressonância magnética cardiovascular e angiotomografia coronária em pacientes usuários de cocaína com história de dor torácica após seu uso
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Autor: Paraschin, Karen
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: INTRODUÇÃO: A cocaína é a terceira droga ilícita mais comumente utilizada nos Estados Unidos e a principal responsável pelo atendimento de pacientes usuários de drogas em serviços de emergência médica. A queixa mais comum na entrada da emergência é a dor torácica, referida em 40% dos casos. Além disso, o uso crônico leva a piora da hipertensão, hipertrofia ventricular esquerda e acelera a aterosclerose. A ressonância magnética cardiovascular é um excelente método para avaliação da morfologia e função ventricular, com excelente reprodutibilidade, e atualmente considerada padrão ouro. A angiotomografia coronária é um método diagnóstico em ascensão, permitindo a detecção de DAC obstrutiva e não obstrutiva, acrescentando informação para a estratificação de risco cardiovascular. O objetivo desse estudo foi avaliar a eventual presença de infarto prévio em pacientes jovens (18 a 40 anos) usuários de cocaína, que apresentavam dor torácica, através da detecção de fibrose miocárdica por exame de ressonância magnética cardiovascular. O objetivo secundário foi avaliar alterações parietais e obstruções das coronárias desses pacientes por angiotomografia coronária. MÉTODOS: Avaliamos 24 pacientes usuários de cocaína (nas formas inalatória, injetável ou crack) que apresentavam dor torácica freqüente e de longa duração relacionada ao seu uso. Esses pacientes realizaram a angiotomografia coronária e a ressonância magnética cardiovascular. A angiotomografia coronária avaliou o escore de cálcio e árvore coronária por segmentos, e a ressonância magnética cardiovascular avaliou dimensões, volumes e função ventricular, bem como a eventual presença de realce tardio miocárdico. RESULTADOS: Foram estudados 24 pacientes, 22 homens, com idade média de 29,7 anos (18 a 40 anos). A grande maioria dos pacientes (79%) fazia uso de cocaína inalatória de forma freqüente e 71% dos pacientes já haviam usado crack. O escore de cálcio foi positivo em apenas um paciente [54 (Agatston) e 56 (volum