Remodelamento tardio da artéria torácica interna bilateral na revascularização do miocárdio: Influência do leito coronariano esquerdo
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Autor: Rocha, Bruno da Costa
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: O enxerto de artéria torácica interna tem demonstrado capacidade de remodelamento devido a interação com o leito arterial coronariano. O objetivo deste estudo foi analisar a influência dos fatores clínicos e angiográficos no remodelamento dos enxertos, definido como variação no calibre vascular. Casuística e métodos: No período entre 1983 e 1999, 356 pacientes realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio utilizando a artéria torácica interna esquerda para o ramo interventricular anterior e a artéria torácica interna direita para um ramo da circunflexa. Trinta e dois pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia pós-operatória, a qual foi posteriormente analisada com o aplicativo CASS II®. Este estudo observacional apresentou acompanhamento médio de 42 meses(6-204 meses). As variáveis angiográficas analisadas foram os diâmetros proximal e distal dos enxertos arteriais (variável dependente), área coronariana, pontuação de fluxo TIMI, diâmetro de estenose proximal, fluxo dominante distal e ramos patentes. Fatores de risco cardiovascular também foram incluídos. Resultados: O modelo de regressão linear múltiplo demonstrou um R2ajustado=0,69 (p=0,0001) para o modelo a direita e R2ajustado=0,46 (p=0,002) para a esquerda. Os enxertos apresentaram diâmetros proximal e distal de 2,67mm ±0,085 e 2,232mm ±0,085 à esquerda. 2,458mm ±0,088 e 2,010mm ± 0,091 (média±EP) à direita, respectivamente (p>0,05). Nenhuma variável clínica obteve correlação significante estatisticamente. A área coronariana apresentou coeficiente de beta=0,42 (0,14-0,6/IC-95%) e diâmetro de estenose proximal de 0,55 (0,40-0,65/IC-95%) para o remodelamento do lado direito. A área coronariana demonstrou coeficiente de beta=0,54 (0,3- 0,68/IC-95%) para o remodelamento do lado esquerdo. Conclusões: A artéria torácica interna não demonstrou diferença de calibre em relação a lateralidade (esquerda vs direita). O diâmetro de estenose proximal da artéria coronária revascularizada demonstrou c