Avaliação dos componentes da qualidade de vida na clínica de insuficiência cardíaca
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Autor: Cruz, Fatima das Dores da
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: Fundamento: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome, de alta prevalência, comprometendo a qualidade de vida (QV). Objetivo: Testamos a hipótese de que um programa seqüencial de educação e monitorização (DMP), pode modificar os componentes do questionário Minnesota Living Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) aplicado a pacientes com IC em seguimento ambulatorial. Métodos: Esta investigação é uma extensão do estudo REMADHE, prospectivo, randomizado, com grupo intervenção (GI) submetido a um DMP, versus grupo controle (GC). A QV foi avaliada pelo MLHFQ, aplicado na inclusão no estudo, a cada seis meses até os dois anos de seguimento, e após anualmente. Incluímos 412 pacientes, 60,5% do sexo masculino, e fração de ejeção de ventrículo esquerdo de 34,7 ±10,5%. Resultados: No GI ocorreu melhora significativa em todos os componentes do MLHFQ (53 ±23vs.29 ±19,p=0,007), da dimensão física (24 ±10 vs.13 ±9, p=0,0002), da dimensão emocional (13 ±7vs.9 ±7,p=0,02) e demais questões (21 ±9vs.11 ±7,p=0,001). No GI houve melhora de sobrevida livre de eventos (óbito e internação) (p<0,001), houve relação entre o escore da QV após a inclusão e a sobrevida, mas não com a QV de vida basal (p=0,7). A QV demonstrou ser um fator independente na determinação de sobrevida livre de eventos. Na avaliação dos gêneros, ambos demonstraram melhora significativa, mas no masculino a melhora ocorreu tardiamente em relação ao feminino. Conclusão: Este programa de educação e monitorização continua em longo prazo melhorou a QV e seus componentes em pacientes em acompanhamento ambulatorial. Entretanto, os componentes da QV podem responder diferentemente a intervenção.