Demografia de árvores em floresta pluvial tropical atlântica, Ilha do Cardoso, SP, Brasil.
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Autor: Melo, Maria Margarida da Rocha Fiuza de
Acervo: (us) Universidade de São Paulo
Categoria: Doutorado
Resumo: O estudo de demografia de árvores foi realizado em uma parcela permanente de 1ha, em trecho de Floresta Pluvial Tropical Atlântica na Ilha do Cardoso, São Paulo, Brasil (25º03´05´-25º18´18´S e 47º53´48´-48º05´42´W). As árvores foram medidas em dois levantamentos (1987-89 e 1995), num intervalo de tempo médio de 6,8 anos. A análise da estrutura da floresta foi realizada considerando, no primeiro levantamento, 727 árvores de 108 espécies, para o componente dominante (DAP > 9,9cm), e 402 árvores de 64 espécies no sub-bosque (2,5 < DAP < 9,9cm). No segundo levantamento, de 756 árvores de 109 espécies foram medidas no componente dominante e 377 de 60 espécies no sub-bosque. As mudanças observadas em relação ao número absoluto dos indivíduos e das espécies foram relativamente pequenas. Concomitantemente a estas mudanças, houve aumento na área total dos caules do componente dominante (de 43,48 para 45,57m2/ha) e redução na do sub-bosque (1,03 para 0,97m2/ha). Para os cálculos das taxas médias anuais de crescimento, recrutamento e mortalidade, consideraram-se 716 árvores em 1ha do componente dominante (DAP > 9,9cm), no primeiro levantamento, e 844, no segundo, envolvendo um total de 111 espécies. e 368 árvores em 0,25ha do sub-bosque (2,5 < DAP < 9,9cm), no primeiro levantamento, e 430, no segundo, envolvendo 65 espécies. As espécies foram classificadas como raras, ocasionais, ou abundantes de acordo com o número de árvores presentes no primeiro levantamento, classes de diâmetro das árvores, síndromes de dispersão, e características sucessionais. As taxas médias anuais de crescimento, de recrutamento e de mortalidade, incluindo todas as espécies, foram de 0,19cm, de 2,43% e de 2,05%, respectivamente, para o componente dominante, e de 0,10cm, de 2,30% e de 2,38%, respectivamente, para o sub-bosque. Excluindo as palmeiras, as taxas médias anuais de crescimento, de recrutamento e de mortalidade, para o componente dominante, foram de 0,23cm, de 1,95% e de 1,45%, respect